domingo, 8 de julho de 2007

A Sociedade do Photoshop



A beleza cultuada pelos homo sapiens desde suas primeiras relações torna-se algo tão presente hoje, que em alguns, chega a casos doentios e desnecessários. A enorme quantidade de operações e a venda infinita de produtos de beleza e cosmética é a prova de como a aparência é algo bastante importante (será mesmo?) para os humanos.

As pessoas geralmente tendem a se embelezar para mostrarem-se a outras no intuito de causar alguma atração, que normalmente é o pontapé inicial de algum laço futuro. Embora não seja o mais importante, muitos se apegam completamente a aparência e usam a mentira como maneira de manter uma relação baseada em falsos valores. A mentira toma uma posição de destaque, junto à estética, dentro de uma convivência.

A vaidade e obsessão pela beleza tornam as pessoas muito ligadas a coisas fúteis e desnecessárias. Não é à toa que a procura por cirurgias plásticas – quase sempre desnecessárias e com riscos de saúde –, e produtos de beleza são tão procurado atualmente, já que a importância de uma aparência exterior para uma sociedade regida pela falsidade e dissimulação é tão grande quanto o lucro de uma multinacional de cosméticos. Sociedade essa que é baseada em modelos propostos pela mídia, que utiliza qualquer meio de edição de vídeo e imagem possível, para tornar seus comerciais mais e mais atraentes (as multinacionais são outras inimigas em potencial pra quem não tem condição alguma e se deixa encher de falsas esperanças propostas – barriga de tanquinho, ausência de gorduras etc.).

Junto à vaidade, a falsidade é algo tão presente que em casos extremos torna-se normal. O impacto geralmente causado pela verdade e a dificuldade de representá-la, a põe em segundo plano, onde o principal sentimento é hipocrisia.

Os seres humanos, em sua essência, têm atração pelo belo, entretanto, não é necessariamente apenas a aparência que dirige uma relação, mas sim a verdade. Porém, algo tão relativo sempre acaba sendo esquecido pela dificuldade de ser aceito por ambos, principalmente quando a persuasão é tão usada. Afinal, se a estética é uma questão formada a partir de pré-conceitos que não podem ser comparados, então por quê não usufruir da retórica? “Em três semanas, qualquer sinal de ruga estará tão longe quanto a sua preocupação com ela”. Claro! Tão longe quanto a inteligência está quando se opta por usá-la!

A valorização excessiva pela estética e a dissimulação tornam as pessoas frívolas , enquanto ocorre a perda de valores muito mais importantes como a inteligência e a consciência – termos importantes para notar que a beleza, embora seja importante, não é essencial.

2 comentários:

Anna Carneiro disse...

Até parece que quem escreveu esse texto foi um "barangão"!!!
Muito bom, garoto! Arrasou ;)

Miss ou diplomata?
mannnn!!!

;**************

Anônimo disse...

Muito bom mesmo! mas infelizmente nao a ninguem que nao se apegue a tais valores em nenhum momento! infelizmente! mas tudo o q tem ai eh verdade! o texto esta mto bom!