Pois que você nunca vai ser meu samba, nunca vai ser meu choro, sê minha valsa. Eu te quero num jazz; num Nate King Cole particular; Ella Fitzgerald de fim de semana; Frank Sinatra pelo meu olhar quando bate no seu. Eu te quero numa bossa nova: Vinicius pelo cantar apaixonado; Tom pela alma das suas notas poucas e marcantes. Assim que sou pra você. Eu te quero doce como uma flauta, de manhãzinha, te quero como qualquer nota para que seja a primeira do dia, a acompanhar o primeiro raio do sol que desperta a primavera de Vivaldi. Eu te quero um violão de vidro, corpo de curvas que admiro e, com cuidado, deito em minha cama, cujas cordas vibram em mim. Quero te tocar como quem desvenda o mistério e a magia de uma harpa – seu corpo como teclas de um piano de cauda que aperto para ouvir seu som; acordeon que aperto delicadamente entre meus braços. Aí eu te quero um solo de guitarra, depois um solo de sax, para que sempre acompanhem nosso dueto secreto. Aumenta meu ritmo que desejo te alcançar os tons mais agudos. Eu te quero como minha música.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
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2 comentários:
Bonitinho, fofinho, diferente do que você costuma escrever, já disse tudo isso, não foi?
então, eu só poderia acrescentar que a imagem dem um toque especial ao texto. As cores chamam atenção, mas não tiram a devida atenção merecida das palavrinhas bonitinhas, fofinhas e diferentes do que você costuma escrever aqui. :)
adorei, de verdade.
samba do crioulo doido
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