Era uma vez uma menina que ganhava tudo o que queria. Era só pensar que já estava praticamente na sua frente. E era uma menina que queria bastante: já nasceu, por escolha própria, num berço de ouro, isso de fato.
Todos adoravam concender seus desejos, dar-lhe presentes. Brinquedos, dos mais variados. Bonecas. Roupas logo depois. Brincos, anéis, pulseiras... E festas, muitas festas. Pedia e já acontecia. Todo mundo lhe dava tudo.
Estava na flor da idade e dos presentes que recebia quando recebeu dum médico a notícia de que ganhara uma poderosíssima doença degenerativa cerebral e que tinha apenas alguns minutos de vida.
(Que é? Se pode a vida, por que não poderia a morte presentear?)
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