sábado, 23 de agosto de 2008

Abraços e Beijing 2008




"Gente,

Pequim ou Beijing 2008? Nisso eu também sou brasileiro: me viro somente com o meu
português. A língua chinesa é original, verdadeira demais para ser falsificada por
mim... Menos ainda eu conheço a Revolução Comunista Chinesa, há 50 anos. Eu sei o que
todo mundo sabe sobre a China: 1,3 bilhão de habitantes, todos parecem comer arroz e a
muralha. Nem sei se são recomendáveis os meios que levaram à conquista de tantas
medalhas pelo país sede das Olimpíadas 2008.

Basta o exemplo do Brasil de JK pra cá, cheio de Bossa Nova, os 50 anos nossos. A gente
olha o quadro de medalhas olímpicas, tentando fugir da lanterninha, e tenho certeza de
que precisamos vencer primeiro os nossos piores adversários, dentro de casa, em todos
os segmentos, no jogo político público e privado. Aqui no Brasil não tem essa tática
política de jogar renunciando ao tradicional personalismo, que se empanturra de
vaidade, e de que provêm a frouxidão das instituições e a falta de coesão social.

Querida delegação brasileira - inclusive o nadador Cielo Filho, que por merecida
alegria chora - , quer um conselho; arrume a mala, agradeça a oportunidade de tentar o
ideal de um verdadeiro negócio da China, e vamos acertar as contas aqui em casa. Nas
horas vagas, pelo meu gosto, que tal um pouquinho de Bossa Nova, nos seus 50 anos entre
sensual, suave e bravíssimo...? Ou, como dizem os meus amigos íntimos João Gilberto (o
cara na interpretação!), Tom Jobim e Vinícius de Moraes em Chega de Saudade: “Abraços e
beijinhos / E carinhos sem ter fim / Que é pra acabar com esse negócio / De viver longe
de mim...”. Em Pequim ou Beijing.

Abraços e beijinhos. A gente vê por aqui.

Gentilmente,

E T para os íntimos, e bem íntimos."



Texto fornecido por um colaborador anônimo.

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