segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Abraço
- Jorge!... Jorjão!
- ... Ei, rapaz! Quanto tempo!
- É verdade! Vem cá, me dá um abraço!
- Como?
- Me dá um abraço!
- Que é isso, rapaz? Tá me estranhando? Um aperto de mão tá bom.
- Como você mudou, hein? Você nunca negaria nada a um amigo, ainda mais um abraço.
- É que...
- ... me dá um abraço, homem!
- ... eu não quero.
- Por quê?
- Eu não gosto.
- O que há demais num abraço? Duas pessoas ficam juntas, uma bate nas costas da outra, relembram a infância e pronto. Abraço.
- É... Não parece ser tão ruim.
- Então!
- É, tudo bem.
- E então, foi ruim assim?
- Não. Na verdade...
- Doeu?
- Não. Na verdade...
- Olha aí, abraços não são tão ruins assim.
- É, você está certo.
- E o que fazemos agora?
- ... Hm... Que tal um beijo?
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Um comentário:
Bem, este pequeno conto nos mostra um caso não muito raro: velhos amigos se encontram depois de muito tempo e um dos amigos teve experiências de vida muito DURAS como a cadeia por exemplo, e está mudado. É triste, porque o pederasta tenta ludibriar o amigo com falsas promessas de relembrar a amizade, quando na verdade ele quer mesmo é fazer safadeza.
Muito bom o conto, senhor Pisterovix ! Abraço! Ou melhor, um be...err.. flw!
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