segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Alvarenga Peixoto


Renomado político presenteado com o mesmo nome da figura histórica, também era poeta. Casara-se com Bárbara, mas sentia-se mais amarrado às formas clássicas.
Fazia o que achava melhor para ser um bom marido. Levava sempre Bárbara às suas viagens ao Velho Mundo e ensinava-lhe coisas diversas. Como bom apreciador, recitava diversas poesias. Sempre tinha uma na ponta da língua.
Alvarenga Peixoto, como bom político, ia a diversas reuniões. E, como era bom para sua imagem, levava consigo Bárbara, para quem fazia questão de pagar as maiores belezas - jóias, roupas, cuidados diversos. E ia Bárbara, linda, incomparável, de braços dados a Alvarenga Peixoto. Escutava, paciente, todas aquelas conversas chatas sobre temas que não lhe interessam e que, pensava Alvarenga Peixoto, ela não devia entender mesmo. Mas era a mais lady das ladies onde quer que fosse.
Um dia, aparentemente do nada, Bárbara chegou à sala, encarou Alvarenga Peixoto, que coçava seu oblíquo bigode, por alguns segundos - e disse, com seu jeito sempre delicado:
- Querido, você é um urubu.
E foi só então que Alvarenga Peixoto entedeu poesia.

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei...sinceramente...mas...eu esotu com tanto sono...q estou lenta...anyway...

Barbaras semrpe são singulares...!!

;****...meu queridoo poeta...\o/