- Olha, tá sentindo esse cheiro?
- Tou.
- Vem de onde?
- Dali, ó.
- Hmm, verdade.
- Ou dali?
- Não, dali, certeza.
- Tem?
- Pensando bem... é, é, é dali mesmo, sem dúvida.
- Hm.
- Por quê?
- Não, é que...
- Tem uns tons amadeirados, né?
- Tem. E... Ameixa?
- Não, amora.
- Amora?
- É, amora.
- Tá, amora. Mas não tem ameixa?
- Não.
- Sei não, viu?
- Tou dizendo.
- Uva?
- Sim.
- Que ano?
- Hmm... Parece coisa recente. Safra do ano passado.
- Eu diria que é desse.
- Talvez. E esses tons finais, de que são?
- Difícil dizer.
- Parece o tipo de aroma do homem moderno: elegante, porém casual; apressado, porém com tempo; massificado, porém culto. Mostra toda a dualidade que vivemos e o homem preparado para os desafios que enfrenta.
- Hm. Você parece entender de perfume.
- Ah, claro. Todo grande homem deve. Big fan.
- Ei, levanta seu sapato, por favor. Acho que o cheiro tá vindo daí.
- ?
- Ah, tá vendo aí? Limpa essa merda.
domingo, 20 de julho de 2008
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6 comentários:
owned
AUEHAUHEAUHEAUHEUAHEUAHUEHAUEHAUEHU!
Modernidade posta no cu.
Puta merda, fantástico!
hauhauahuahuahauuhahauhuuaahuahu
simplesmente ótimo!
Huahuahuhauahua!!!
Adorei!!! xD
E parabés pelo ano de serviço! ^^
Nossa! muito bom esse texto. Uma porrada nessas inquietações e interrogações fúteis. parabens,.
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