sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A queda

"(...) A grande falta de imaginação de que sofre o impede [ao homem] de penetrar pelo sentimento nos outros seres e por isso participa tão pouco quanto possível do destino e do sofrimento deles. Aquele, pelo contrário, que pudesse realmente participar disso teria que desesperar do valor da vida; se conseguisse compreeender e sentir em si a consciência coletiva da humanidade, explodiria em maldições contra a existência, pois a humanidade em geral não tem objetivo e, por conseguinte, o homem não pode, ao examinar o processo inteiro dela, encontrar nela consolo e amparo, mas sim sua desesperança."

(Nietzsche, F. - Humano, Demasiado Humano)


Sr. E. decidiu não mais ir por esse caminho e ser egoísta a partir de então: "altruísmo só dá em angústia, agora eu serei o primeiro lugar em tudo". Mas daí toda vez que seguia seu próprio caminho e não estava satisfeito, chegava a voz do mundo - quem sabe? - dando-lhe um tapa: "esqueça, meu caro, esse caminho é tão gratificante quanto o outro...", questionando a vida pensava: "pô, essa foi forte...".

imagem: tapanacara.com.br)

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