quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pós-venda

Parou numa barraca no mercado de importados do centro da cidade.
- Quanto que tá o celular?
- Ó, malandro, esse aqui tem TV e mp-10. Tá 700.
- 700? Só dou 400.
- 400? Ahhh, moleque... Mas aí vai ter que ser sem pós-venda.
- Qué que cê quer dizer com pós-venda?
- Que depois que eu vender eu não sou mais teu vendedor.
- Na hora, mermão. Toma.
- Valeu.
- Agora eu não sou mais teu vendedor, né?
- Foi o que cê falou.
- Então agora eu sou teu assaltante, porra! Passa a merda do celular!

3 comentários:

Guilherme disse...

Crônicas da vida em cidade grande: como perder 400 reais em menos de 1 minuto!
Alguma experiância recente?

Raelson Farias disse...

Isso lembra uma situação comum nas feiras de São Paulo...

- 200 balas? Tá muito caro!
- Pois é, boy, é pegar ou largar. Última geração, meu irmão, queria o quê?
- Beleza...
Cheiros de policial e fiscal no ar. O vendedor olha pro cliente.
- Pode ficar com o celular, quero mais não.
- Mas eu ainda não te dei o dinhe... - já não mais havia sinal do vendedor.

bi0hazard disse...

Forma bem criativa de declaração de assalto. Roubo inteligente ao nível dos grandes [palácios] do outro lado da cidade.