sábado, 31 de janeiro de 2009

Música pelo mundo



Cansado de ouvir as mesmas coisas há 20 anos? Cansados das mesmas décadas, daquele CD que nunca mudou, da voz dos Beatles ser a mesma? Venho aqui propor algo novo, a tentar agradar a pelo menos alguns estilos. Num modelo em que eu recomendo tudo e não dou link pra nada, farei várias recomendações ao mesmo tempo, seguindo o critério da localização geográfica; são as músicas do mundo pelo mundo afora. Para aqueles que arriscarem na palavra deste escritor crápula, recomendo peregrinar por comunidades no Orkut, no 4shared , em blogs mais úteis que este (há alguns no menu da direita que podem levar a vários outros), no Soulseek, Emule, Utorrent, lasf.fm, sites russo, HD do amigo esquisitão... Algumas banda trarão verdadeiro desafio na busca por sequer possuírem registro no Wikipedia, e aqueles que se dizem ecléticos devem ir atrás de tudo. No texto abaixo, o nome das bandas possui, como o '4shared' em vermelho aí em cima, um hiperlink: basta clicar e consultar mais informações.
Vamos começar nossa viagem?

Primeira parada, Rússia. Primeira recomendação, Aria. É uma banda de heavy metal russo, conhecida como o Iron Maiden russo por relembrar os sons da New Wave of British Heavy Metal, e está em atividade desde 1985. Em 2002, porém, vocal, guitarra e bateria saem da banda e fundam a Kipelov, também de heavy metal, com um som que me soa muito mais consistente e pesado. (Ver imagem abaixo, capa do cd de 2005).

Ainda na Rússia, temos Billy's band, um jazz russo relativamente novo, com influência do som local, vocais guturais, cujo único CD que consegui baixar abre com a música "No Title". Mas, não, a maior parte das músicas é cantada em russo mesmo. Vale a pena conhecer.

Saindo da Rússia, na Europa eu começo com Andreas Vollenweider, da Suíça, um músico new age. No CD Kryptos (imagem abaixo), a Concert for Harp & Orchestra já seria motivo suficiente pra conhecer a obra dele.
Há também Esperanto, um rock progressivo belgo-inglês'; Maxophone, da Itália, que lançou apenas um álbum, em 73, e Il Balleto di Bronzo , também progressivo, do mesmo país; Nektar e Focus , ambos da Alemanha - com atenção especial para Focus. Otyg , da Suécia, chama a atenção pelo que considero fidelidade ao produzir folk music e viking metal.

Na França - me deparo com a dificuldade de encontrar bons rocks franceses -, recomendaria, entretanto, Louise Attaque , que voltou a lançar cds em 2005, com À plus tard Crocodille (um trocadilho com a expressão inglesa "See ya later alligator"), a fazer um folk rock bem inusitado. Noir Désir e Les Ogres de Barback (artigo em francês) também entram na minha lista de recomendações. Nouvelle Vague para quem gosta de cinema (hehe, nevermind) e músicas agradáveis e Yann Tiersen para um avant-garde com boas perfomances de violino. (E Jane Birkin , que é meio inglesa, para músicas lentas e mais... sensuais, no seu cd de 1969 com Serge Gainsbourg).

Fechemos hoje com os Estados Unidos da América. Não que não ouçamos músicas de lá o tempo todo; quero apenas dizer que também há música boa lá. Quem nunca ouviu Morphine? A banda de formação baixo-saxofone-bateria traz sonoridades muito agradáveis; para os que se interessarem, recomendo também buscar Bourbon Princess e Twinemen. Falar de sax me lembra jazz que me lembra David Sanborn, e me faz puxar outros nomes para o estilo: The Manhattan Transfer , grupo que privilegia os coros, Ron Carter, e McCoy Tyner, um pianista que chegou a tocar com John Coltrane - recomendo buscar o cd de 1999, "... and the Latin All-Stars". Há a Hypnotic Brass Ensemble, um grupo de metais de Chicago e Pete Seeger um - pasmem - comunista americano - nada mais justo, na verdade. Ele canta músicas com a temática vermelha, tocando banjo ou violão e ativo (politicamente inclusive) desde 1940. Espero ter sido útil.

(o nome da banda é sugestivo; o álbum da imagem chama-se Orange)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Alter-ego


Não importa a quantas ande a gramática; vou te chamar pelas mesmas pessoas – retas, nós não funcionamos com oblíquos. Antes de tudo, “você”, terceira pessoa. Singular para mim, de forma a ser tratada diretamente, próxima. Depois é o tu, a quem me dirijo em segunda pessoa – de Eu para Tu, perto assim. E, quando me perguntam, respondo que é Ela. Se discutimos, Nós. Mas, na sacra intimidade, para chamar, a forma mais sincera e absoluta de todas, Eu.


domingo, 25 de janeiro de 2009

Ducação

- Opa, você que é o professor Bartolomeu?
- Sou, mas meus amigos me chamam de Bartô. Satisfação. Tu que é o... o...
- ... Bruno, sou eu. Beleza?
- Tranqüilo. Você dá aula faz tempo?
- Tem uns anos. Você tá começando agora?
- Tou, tou. Comprei faz pouco tempo.
- Já estudou alguma coisa sobre?
- Não, ainda não.
- Você dá aula na escola da universidade?
- Nunca, não.
- Eu queria fazer lá, mas não tinha professor. Disseram que eu tinha que procurar particular.
- É, rapaz, o mercado tá retraindo, o governo não quer mais investir.
- Essa história de educação privada é um problema...
- ... O governo abandona a área pros empresários cuidarem, investe às vezes no mais comum, e aí vem o setor privado e faz a mesma coisa.
- E aí a gente, que tá fora, fica fora.
- O setor privado devia se manter fora dos assuntos importantes.
- O problema maior é que a educação passou a ser comercial...
- ... Tipo os colégios, que atraem por índice de aprovação, e não por qualidade de ensino. É quando a coisa deixa de prestar.
- Educação devia ser pública.
- É, ninguém devia ter que pagar.
- Mas, ei, e nossas aulas, como vão ser?
- É só dizer o dia. Pra você eu faço 25 a hora-aula em até 5 vezes.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Drink


O líqüido gelado desce rapidamente e queimando as vísceras em alta temperatura. Me sinto mal?, me sinto bem?, me sinto mal?, me sinto bem?, me sinto mal?, me sinto bem?, bate o coração. A cabeça cumpre sua tarefa e não pensa duas vezes. Logo os músculos recebem o comando, contraem, retraem, e o líqüido agora congelando vai ladeira abaixo, dando fim à dúvida do coração; me sinto bem, me sinto bem, me sinto bem...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Família

Era uma vez um casal: João e Maria. Eles tinham 10 filhos: Reginaldo, Francisco, Antonio, Ana, Paulo,Carmem, Rosário, Manoel, Carlos e Madalena. Reginaldo era casado com Lúcia, Francisco com Matilde, Antonio com Kátia, Paulo com Nair, Manoel com Cremilda e Carlos era solteiro. Ana era casada com Arnaldo, Carmem com Otávio, Rosário com Sérgio e Madalena com Jesus.

Reginaldo tinha um filho: Bruno. Francisco tinha duas filhas: Luciana e Júlia. Antonio tinha doisfilhos: Daniel e Thiago. Ana tinha uma filha: Juliana. Paulo tinha três filhos: Hugo, Maurício e Luiz. Carmem tinha dois filhos: Renata e Rafael. Rosário tinha um filho: Marcos. Manoel não tinhafilhos. Madalena tinha um filho: Judas.

Cinco netos de João e Maria eram casados. Bruno era casado com sua prima Luciana. Daniel era casadocom Kelly, Thiago com Diana e Hugo com Vanusa.

Bruno e Luciana tinham 2 filhas gêmeas: Ingrid e Priscila.

Rosário e Nair trabalhavam juntas, mas não se davam bem. Cremilda era muito amiga de Ana que, porsua vez, não gostava de Matilde. Reginaldo e Francisco eram muito unidos, assim como seus filhos. Paulo era mais apegado a Carlos, enquanto Antonio e Rosário eram inseparáveis. Otávio, Arnaldo e Sérgio competiam entre si, mas procuravam manter uma certa diplomacia. Nair costumava frequentara casa de Kátia para conversar bobagens. Carmem sempre evitava Madalena por causa de Jesus.

Daniel e Thiago eram como unha e carne, mas suas respectivas eram grandes rivais. Júlia costumava saircom suas primas Juliana e Renata. Hugo era meio nada dele, mas Maurício e Luiz eram mais extrovertidos.Rafael e Marcos sempre jogavam video-game juntos. Ninguém gostava de Judas, pois ele costumava delataros podres de seus primos.

Ingrid e Priscila ainda eram muito pequenas para terem intrigas com os demais familiares, mas sempre choravam quando viam Judas. Em contrapartida, adoravam seus padrinhos: Madalena e Jesus.

Na véspera de natal toda a família se reuniu na casa de João e Maria para um jantar.
Contribuição de Anand S.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Função

Pelo que minha experiência pôde me mostrar, há três momentos para o coração. Não que você não o tenha em outros; apenas que nestes fica realmente evidente. Algo o mantém vivo, e a primeira vez é ainda criança, quando alguém diz - e comprova através de uma figura colorida - que aquela coisa bate dentro de você. Espantado, põe a mão no peito e sente as cores. A segunda, tempo e acaso trazem. É quando você encosta em alguém - e só poderia ser nessa pessoa - e, a repousar, sente-o batendo. Não seria o seu, mas sente-se como se fosse, já que cumpre a mesma função: bater por você. Ébrio, põe a mão no peito e sente o calor. A terceira das vezes somente o tempo traz. É quando você não precisa mais levar a mão ao peito para sentir que os dois primeiros momentos foram grandes demais, e o que há agora é o seco. Atesto - já vivi os três instantes; já posso bem saber que não me resta muito. Entretanto, há algo a reconhecer, sem lamentos. Nesse tempo todo, sem contratempos, ele bateu, a cumprir sua função. E sou-lhegrato por ter possibilitado, às vezes, mais intensidade.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Temido

Após semanas de planejamento, o temido, procurado e foragido é, finalmente,pego em flagrante. Acusado de lavagem de dinheiro, patrocínio de crime ambiental, contrabando, latrocínio e formação de quadrilhas, pôde o detido ser atirado em prisão perpétua.
Visto como feroz entre os alérgicos e fofo entre as mulheres, demanda-se alto nível de segurança para os guardas da prisão e companheiros de cela.
Encontram-se abaixo algumas fotos do detido;