quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O fim do mundo


João Paulo não era a mais querida das pessoas. Declarava-se único. Não só no sentido de que se sobressaía, ou era importante, diferente, mas no sentido mais bruto da palavra. João Paulo alegava que somente ele existia. Todo o resto era fantasia de sua mente. Não existia nada além dele e do vazio, e tudo o que ele sentia era falso. Ele apenas achava que sentia. Nenhuma informação saía do cérebro; tudo se processava ali dentro mesmo: as sensações, sentimentos, impressões... Até as outras pessoas. Só havia João Paulo. Isso lentamente o tornava inescrupuloso e insensível - nas opiniões alheias, claro, para as quais não ligava. Vivia em função de si - e somente de si. Uma noite ele fechou os olhos para dormir. O mundo parou e não voltou a girar mais. João Paulo nunca mais abriu os olhos. Ninguém nunca lhe disse se estivera errado.

3 comentários:

Ingrid B. Montenegro disse...

João Paulo deveria ter aproveitado um pouco mais do mundo :x

ishiauhsiuahaiush!
:**,Bras!

Roger disse...

Vai ver ele aproveitou. Vai ver eu não existo, sou apenas um pensamento de você que está lendo agora. HUhuhu, spooky hã?

jasonbob disse...

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