terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Curta nota do hábito de falar mal

É dito que dois vilarejos num lugar esquecido do mundo rivalizavam; como era de se esperar, um queria superar o outro, competição que sempre se dava em diferentes planos, de modo que um superava o outro em certa área e o contrário ocorria em outra área, gerando um certo equilíbrio. Em dado momento, as famosas - e desconhecidas, por definição - más línguas alimentaram palavras que foram ficando grandes demais. Não foi preciso tanto tempo - nem se poderia mesmo precisar - para que o desafeto tomasse outros rumos, perspassando os medos humanos e tomando banhos de inveja. Faltou quem dissesse "agora é pessoal", mas estava implícito. Acontece que a evolução dos fatos levou a que um vilarejo argumentasse, com todas as pedras, "Aí do lado só tem ladrão". A solução também não tardou a vir. Os "daí do lado" passaram a ir lá e assaltar. Puro espírito esportivo.

2 comentários:

Engel disse...

Frases que gerariam efeitos legais:
"Aí do lado só tem serial killer!"
"Aí do lado só tem físico!"
"Aí do lado só tem filósofo!"
Efeitos bons:
"Aí do lado só tem comunista!"
"Aí do lado só tem mulher, e gostando de mim!"
Efeitos ruins:
"Aí do lado só tem capitalista!"
"Aí do lado só tem crente!"
... pensando bem, efeitos péssimos.

Mim disse...

breve fábula do começo de todas as mazelas sociais!

divino, afp !